ENEAGRAMA

Psicologia dos Eneatipos

O Eneagrama é representado por uma figura geométrica constituída por um círculo, um hexágono e um triângulo que, segundo o pesquisador e escritor inglês John G. Bennett remonta de 4.500 anos na Mesopotâmia, sendo desde esta época utilizado para resolver problemas de difícil solução.

Psicologia dos eneatipos: Uma chave que revela sua personalidade

Há indícios de que o conhecimento do Eneagrama tenha influenciado a maioria das religiões, inclusive o Cristianismo, bem como algumas escolas místicas e grupos de pessoas voltadas para a busca da verdade de si mesmos. Tal tradição foi preservada pelos Sufis, que se tornaram os guardiões desta antiga sabedoria.

As primeiras informações mais detalhadas que o Ocidente obteve do Eneagrama se deveram a G. I. Gurdjieff, um mestre espiritual de grande magnetismo pessoal, que se referia a ele como um mapa cósmico ou como um símbolo geométrico de leis universais. Dizia que seus guardiões o utilizavam para mapear processos cosmológicos e para o desabrochar da consciência humana.

No início dos anos setenta, o boliviano Oscar Ichazo transmitiu o conhecimento do Eneagrama a um grupo de pessoas selecionadas, de uma maneira bem mais sistematizada do que aquela adotada por Gurdjieff. A transmissão do conhecimento se deu em uma longa vivência realizada no Deserto de Arica, norte do Chile, onde o psiquiatra Chileno Claudio Naranjo experimentou uma verdadeira inspiração, trazendo o conhecimento direto e profundo sobre o eneagrama. Desde então revela e aplica desde então este conhecimento no desenvolvimento psicoafetivo-espiritual dos alunos do Programa Sat ,criado por ele .Este programa SAT (ser em sânscrito) se expandiu e atua hoje em diversos países do mundo como Brasil Chile, Argentina ,Peru ,México, Uruguay, USA ,Espanha, Franca .Itália, Rússia, Alemanha.

Cláudio Naranjo colocou o Eneagrama no contexto das ideias psicológicas, dotando este sistema das peças que faltavam para essa linguagem. Ele esclareceu e possibilitou que pessoas se auto identificassem com o seu tipo de personalidade e pudessem orientar-se no caminho interior como buscadores da verdade e da transformação pessoal. O Eneagrama aplicado à personalidade é um mapa que espelha os labirintos da mente revelando as Paixões, distorção emocional que reveste a subjetividade emocional e revelando também as Fixações :os sistemas de crenças que constituem uma subjetividade cognitiva formada na infância através da adaptação ao ambiente psico-afetivo construindo um modo infantil de olhar para si mesmo e para o mundo, modo este que é levado inconscientemente para a vida adulta como um pano de fundo. Estas subjetividades constituem as diferentes personas ou egos, desvendados pelo eneagrama, persona com a qual nos identificamos e que encobre o ser genuíno de cada um ,o ser essencial revelando estruturas do caráter, motivações inconscientes e as razões dos comportamentos repetitivos que cada pessoa apresenta. Claudio Naranjo transformou o uso do eneagrama, antes passado de mestres para discípulos oralmente, em um vasto estudo de caráter, unindo o conhecimento da ciência psiquiátrica e psicológica com os princípios budistas e sufis. Como ferramenta de autoconhecimento, ele facilita a identificação do padrão de conduta – o que nos leva a agir de determinada forma e por que damos sempre a mesma resposta emocional em relação a algum estímulo. “O método espelha os labirintos da mente. É como um mapa que desvenda os pontos cegos da personalidade, os sistemas de crenças e atitudes, além de muitos outros aspectos da realidade existencial humana”. O estudo revela as motivações inconscientes e as razões por trás das escolhas já automatizadas e direciona a busca pela essência de cada um.As primeiras informações mais detalhadas que o Ocidente obteve do Eneagrama se deveram a G. I. Gurdjieff, um mestre espiritual de grande magnetismo pessoal, que se referia a ele como um mapa cósmico ou como um símbolo geométrico de leis universais. Dizia que seus guardiões o utilizavam para mapear processos cosmológicos e para o desabrochar da consciência humana.

O Eneagrama e a evolução humana.

  • 1- Centro motor/instintivo: Sensualista, sensorial, percepção, instintiva, energia motora, pensamento concreto, gravitação umbilical. Centro da inteligência Ativa.
  • 2- Centro emocional: Sensibilidade, energia sentimental, emocionalista, impulsivo, pensamento intuitivo, gravitação torácica. Centro da inteligência emocional.
  • 3- Centro intelectual: Racionalista, racionalizado, raciocínio logico/dedutivo, relação de efeito/casualidade, pensamento abstrato teorizam-te, gravitação mental. Centro da inteligência abstrata.
  • 4- Desenvolvimento do ser essencial: Lembrança de Si, observador interno, contar-se a própria história, desidentificação.
  • 5- As virtudes: abertura do centro emocional superior. Níveis superiores de amor. Compaixão ,amor incondicional.
  • 6- Os atributos divinos (ideias Santas): Abertura do centro intelectual superior. Desenvolvimento da Intuição, conhecimento direto.
  • 7- Abertura do Chacra coronário: Harmonia Universal, a iluminação; o homem realizado.

O Eneagrama e a visão holística do ser Humano

  • 1 e 2 – Centros Superiores: Sintonia da Essência, o Ser Essencial: os atributos os catalizadores, as ideias santas, as virtudes, experiências de Amor.
  • 3,4 e 5 – Os Instintos: Sexual (sintonia), Social (relacional) e Auto – preservação (conservacional).
    Pertencem a área de interseção essência/personalidade, conforme grau de sanidade/neurose. Integram a Essencia quando em equilíbrio harmônico. Se contaminados pela paixão em desequilíbrio, determinam os subtipos egoicos.
  • 6 e 7 – Centros Inferiores: Sintonia da persona, marcaras, ser aparente, ou ego: os condicionamentos da prisão; o defeito principal e os labirintos do inconsciente; paixões, fixações, armadilhas, mecanismos de defesa, ideias loucas. Os Eneatipos e os subtipos com instintos contaminados.

Eneagrama Paixões, Fixações e Instintos.

AS PAIXÕES

A origem da palavra “paixão” tem a ver com “pathos” = patologia, doença, neurose. Na psicologia esotérica significa uma tendência ao “pecado” ou desvio do alvo. As paixões são tendências aos desvios patológicos que afetam o desenvolvimento da Inteligência Emocional e criam os estados neuróticos. As paixões, representadas nas palavras dos pecados capitais, constituem um desvio de percepção, uma predisposição subjetiva inconsciente com a qual o indivíduo tende a relacionar-se em sociedade, e consigo mesmo.

AS FIXAÇÕES

As fixações são estratégias mentais desenvolvidas inconscientemente que servem para justificar e perpetuar o comportamento automático e repetitivo. São cristalizações dos desvios da percepção que afetam a inteligência Cognitiva. As fixações são apoiadas sobre uma lógica do sistema de crenças. São ideias loucas do inconsciente, que transformam o comportamento em corruptelas de ideias mais nobre (“Ideias Santas”.) É que faz, por exemplo que p perfeccionismo substitua, na pratica o ideal da perfeição (Ego 1) e que a crença dogmática ou fanática tome o lugar da Fé (Ego 6) etc.

Trabalhando sobre sí mesmo. Auto-Consciência.

O autodiagnostico por aproximação sucessiva, os “insights” pessoais, recontar-se a própria história, consciência se si e mudanças imediatas, inicio do descondicionamento.

O eneagrama como mapa de localização inicial; estrutura do trabalho sobre si, autoterapia e ajuda mútua, O Quarto Caminho, somando experiência de vida. O Desenvolvimento da Atenção, intenção e dedicação. Auto observação, lembrança de si, estar presente auto acompanhar-se com um diária de auto-observação . Consciência; encontros periódicos; ajuda do grupo, despertar coletivo, despertadores mútuos.

Virtudes e Instintos (subtipos), fricção do ego e mudanças intencionais; o Diário de Bordo, mudras e meditação.

Mecanismo de Defesa, ideias loucas, armadilhas, ilusões, catalizadores, atributos divinos (ideias santas), expansão dos níveis de consciência, experiências de Si, compromisso com o trabalho consciente, meditação e presença contemplativa, “estar no mundo sem ser do mundo” etc. (Módulos Avançados).

Os Eneatipos da personalidade.

Uma breve ideia dos tipos humanos ressaltando que a vivência para reconhecimento de seu eneatipo é o caminho para o descobrimento e não a informação intelectual.

Ego 1: Exigente, autocrítico, severo, desvalorização do prazer e supervalorização do dever, falta de espontaneidade, sentimento de ser mais educado, metódico, organizado, perfeccionista, sentido do corretor, do justo e da medita certa; ideologia corretiva, justiceiro; dominante; intolerante; rígido; bem intencionado, moralista, ressentido; agressividade controlada, raramente explosiva; fleumático, expressão verbal buscando palavras precisa e adequadas, austero; negação da agressividade com ideologia pacifista, cabeça dura, escrupuloso, critico.

Ego 2: Rebelde não submisso; super protetor, sensibilidade táctil (pele, carinhoso, aconchego); impaciente, voluntarioso, bondoso, carinhoso, atrevido, impulsivo, adulador – altivo, imaginativo, fantasioso, exagerado, emocional, dramático, histriônico, teatral, orgulhoso, seguro de si; não convencional; carente de carinho, empático, sedutor, aventureiro, impulsivo, inconsequente; atração pelo luxo, possessivo; carinhoso/carente, auto adulador.

Ego 3: Alerta, ligado; desejo de sobressair; eficiente, ativo, brilhante, boa presença, progressista, valorização da eficiência e dos resultados, afetado no trato; tendência a aparentar, busca de êxito e do brilho; intolerância ao fracasso, desejo de agradar, superficialidade, conflitos de identidade, identificação com valores da situação ou da moda majoritária; superficialidade empático; independente e controlador, racional/calculista, chispante, usa a sedução generalizada para o enaltecimento do próprio valor.

Ego 4: Culpa, má imagem de si meso; auto desvalorização, facilidade de sofrer, frustrado, invejoso, sensível, intenso; sentimentos densos; insegurança com sentimentos de inferioridade, sentimento de ser especial e necessidade de trato diferenciado; supervalorização do outro e desvalorização de si, necessitado, dependente, sentimentos apegados, nostálgico, frustração emocional, queixoso, reclamador ou lamuriento, pessimista, sensibilidade artística, refinado, tendência masoquista, valorização do sofrimento, super sensibilidade ao sentimento de rejeição e abandono, sacrificado, esforçado; auto compaixão e revolta com a comiseração externa, esforçado, competitivo, envergonhado, dado à busca de atenção negativa.

Ego 5: Distanciamento, controle efetivo, sentimento de torpeza, mesquinho, avarento, introvertido, fechado, rebeldia intelectual, concorda por fora e por dentro tem suas opiniões; ingenuidade/desconfiança; sentimento de culpa e tendência a carregar culpa, pouco envolvimento, evita comprometer-se; tímido, arredio; reservado, independente por dentro, econômico, frio/vulnerável, solitário, meio esquisito/peculiar, tendência à abstração generalizada, evitando o concreto, medo de ser tragado, esconderijo observador.

Ego 6: auto acusação, culpa, desconfiado e leal; necessidade de segurança para sair da dúvida, ambivalência, conflitos internos, sarcástico, irônico, pensamento obsessivo, compulsivo, angustia, ansiedade, medo de enganar-se mede de compromissos afetivos, super valorização da força, medo de ser frágil e vulnerável; ação inibida pela dúvida, defensivo para não sentir-se acovardado, desconfiado, inseguro para envolver-se oscilação entre autoritarismo e submissão, fanático, impositivo, forte sentimento do dever, precavido, alerta, desconfiado, com antenas ligadas ao perigo oculto.

Ego 7: Persuasivo, convincente, bem falante, astuto, planificador, idealista, cheio de projetos, indulgente, pouca culpa, tolerante, permissivo, complacente, serviçal, anti convencional, rebeldia não explicita; evita o desagradável, busca a comodidade e o prazer, atração pelas fronteiras do conhecimento, busca minimizar as dificuldades e orienta-se ao prazeroso com compensação, racionalizador, explica e justifica tudo, evita contato com o vazio interior através de ideias e planos, presunção de sabe – tudo, quer ter autoridade intelectual e dar a última palavra; dificuldade de renúncia ao que excita e dá prazer; gula; busca de cada vez mais para maior prazer, sedutor, criativo, imaginação fertil, alegre, simpático, embora pouco empático.

Ego 8: Desconsiderado, astuto, duro, agressivo, intenso, luxurioso, desinibido, impulsivo, busca intensidade, sem limites, tende ao exagero, pensamento orientado e empreendimentos práticos, preguiça de abstrações intelectuais, atração ao poder, autônomo, seguro de ação, desprezo à fraqueza, direto, verdadeiro, generoso, magnânimo, aproveitado, rebelde a legalidade estabelecida, cínico com valores estabelecidos, sensível, hedonista, intolerância á frustração, cumplicidade com a patota fora da lei; dominante, avassalador, passa por cima.

Ego 9: Super adaptado, evita conflitos, busca de comodidade harmônica; pensamento prático e concreto; atenção dispersa, desconexão, resignação, pouca interioridade, muito fazedor de coisas, modesto, tendência a viver a vida de outros, rotineiro, convencional, hábitos regulares, abnegado sentido comum, bom senso, descrença, falta de sutileza, jovial, amistoso, dificuldade de centrar em si, vai com a corrente e se dispersa de si, passivamente agressiva.

Referencia bibliográfica: Claudio Naranjo Carater e Neurose Editora Llave e Eneagrama Compreendendo o Eneagrama :Alaor Passos